segunda-feira, 25 de outubro de 2010

I SEMANA DA DIVERSIDADE SEXUAL | UFJF e Seminário de encerramento do projeto EDUCAÇÃO SEM HOMOFOBIA

Projeto Educação Sem Homofobia | GEL – Grupo de Encontro das Lésbicas – MGM
De 27 a 29 de outubro de 2010 | ICH – UFJF e MGM – Movimento Gay de Minas


PROGRAMAÇÃO:
Quarta-feira 27/10

18h - Mesa de abertura e Palestra "Movimento LGBT e Universidade", com Prof. Dr. Marco Aurélio Máximo Prado (UFMG) - anfiteatro da reitoria da UFJF.

  

Quinta-feira 28/10

Exibição de curtas e fotografias (cantina do ICH/UFJF)

10h – Oficina do Jogo “E Ai? Do Projeto Educação Sem Homofobia” (ICH/UFJF – sala 1312)

14h – Roda de conversa em LIBRAS (ICH/UFJF - sala 1603)

15h – Vídeos comentados: “Muito Prazer!” e "O Móbile: Admiração" (ICH/UFJF – sala1603)

17h30 – Oficina com o Grupo Universitário em Defesa da Diversidade Sexual - GUDDS! (ICH/UFJF – sala 1603)





Sexta-feira 29/10

09h – Relato dos projetos de intervenção das/os cursistas do projeto Educação Sem Homofobia (ICH/UFJF – sala 1310)

14h – Roda de Conversa "Homofobia no contexto escolar"  (ICH/UFJF – sala 1603)

15h – Roda de conversa entre capacitadoras/es e cursistas do projeto Educação sem Homofobia (ICH/UFJF – sala 1603)

17h – Oficina “Maria Maria Mulheres em Movimento – Coletivo Feminista UFJF” (ICH/UFJF – sala 1603)

18h30 – Café

19h - Conferência de Encerramento: "Perspectivas e impactos de uma Educação sem Homofobia" com o Prof. Dr. Fernando Seffner (Auditório da reitoria)

22h – Festa da Diversidade (Hall interno do ICH anexo à cantina) – artistas convidadas: banda Relicária, as cantoras Uiara, Laís Barros, Carol Tavares, a percursionista Mari Meirelles e a DJ Kel Souza.





Sábado – no MGM - 30/10

13h – Sabatina das/os cursistas do projeto Educação Sem Homofobia com o GEL – Grupo de Encontro das Lésbicas

14h – Feijoada da Diversidade – com a DJ Kel Souza





Obs.: Inscrições gratuitas – Serão emitidos certificados.

Endereços:

       ICH/UFJF – Cidade Universitária – Marmelos

       MGM – Movimento Gay de Minas – Rua São Sebastião, 345 – Centro



sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Menino, mulher, menina, quais são os teus mistérios?

A primeira coisa que procuro ao chegar é pelos seus olhos... Pois foi esta a primeira das muitas portas de sua casa que abri, a qual imediatamente levou-me para um outro lugar, desconhecido, misterioso e encantador.
Maldito esse seu trabalho, onde você precisa ser simpática com Deus e o mundo inteiro para que todos fiquem cada vez mais com vontade de ir até o balcão do seu bar, lhe entregando a comanda e “pedindo mais uma”, com os olhos voltados para você inteira, desejando intimamente que você viesse como cortesia da casa.
Malditos olhos castanhos, que sempre me tiram o rumo.
Tudo em você é charme, mistério, encanto, o modo que você coloca os lábios quando sorri, a forma como ajeita a franja tentando enganar quem esta ao seu lado e lançando o olhar pra quem bem tenha vontade.
O jeito de menina do interior, fingindo não estar deslumbrada com a cidade grande, a forma como você parece não ter medo de nada nem ninguém, olha a todos como se dissesse: não vem pra cima de mim, senão eu te atropelo, mostra-se petulante, parece cheia de certezas, não passa de uma menina.
Malditos sentidos esses meus que sempre enxergam tão alem, tua fantasia de menino não pode esconder de mim essa linda mulher que se esconde dentro desse coração, ao contrario só fizeram aumentar as minhas fantasias, o desejo de te desejar sem pudor, sem medo, sem segredo.
Gritei por você sem ao menos saber teu nome, teu endereço, teu estado de espírito, tuas crenças, divindades, defeitos, qualidades, sem saber se eras solteira, casada, enrolada, galinha, eu só quis te querer desde o primeiro instante em que avistei teus olhos castanhos que parecem guardar todas as tardes de por do sol.
A minha real vontade era expulsar todos daquele lugar, trancar as portas, desnuda-la e fazer amor contigo, talvez de forma jamais consentida por ti, fazer-te mulher, despindo de ti esta alma de menino, esse jeito de moleque que a vida te impôs, tornar-te minha, sem jamais deixar você voltar para outro lugar ou alguém.
Meus sonhos te acompanharam pelas noites onde restava-me a incerteza de que você pertencia a outro alguém.
Tudo era de um mistério grandioso e lindo, até a realidade chegar, deixando claro em mim por mais uma vez que nada daquilo que desejo de fato me vem de forma fácil, tranqüila. Nunca foi assim, não seria diferente com você, descobri teu nome, teu estado civil, tua vida quase que por completo, e assim restou-me mais uma vez escrever, desenhando meus desejos nestas palavras, sufocando minha vontade não em tuas curvas, mas nessas vírgulas que não pausam nada alem de frases, não pausam minha vontade de te ver, de te conquistar, mesmo sabendo que o caminho não será fácil, duvidando que valha a pena arriscar muito mais por um encantamento como estes.
Sempre “paguei pra ver”, mas neste caso, sinceramente, acho que vou preferir mesmo ficar apenas com este texto, que dedico a você, ao meu menino, mulher, menina, guardando a vontade de minhas mãos em desvendar todos esses segredos e mistérios escondidos atrás desta tua fantasia.
D.S.L

Por Elaine de Jesus

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Arrazou!!!


* DE SÃO PAULO

A cantora Wanessa (ex-Camargo), que acaba de alongar os cabelos, vai usar uma regata com a frase "Todo Mundo É Igual" no show que fará no sábado na boate gay Flexx, em São Paulo.

A filha de Zezé Di Camargo decidiu apoiar publicamente a união civil de homossexuais.

"Acredito que em breve a lei sobre união civil entre iguais seja aprovada em nosso país. Será um exemplo de cidadania. O amor não tem raça, cor ou sexo, o amor simplesmente te arrebata", diz.

Wanessa também negocia com a The Week, outra casa noturna gay de São Paulo, uma temporada de shows.

A informação é da coluna Mônica Bergamo, publicada na Folha desta quinta-feira (30). A íntegra da coluna está disponível para assinantes do jornal e do UOL.

* Fonte e link da reportagem http://noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/2010/09/30/cantora-wanessa-alonga-cabelos-e-adere-a-movimento-pelo-casamento-gay.jhtm

sábado, 25 de setembro de 2010

O Medo

Houve um tempo em que eu temia muito ser descoberto na minha
homossexualidade. Entre os adolescentes que compunham o meu círculo,
ser gay era uma desonra e, invariavelmente, junto com a descoberta de
nosso desejo homossexual encontramos o armário, o closet, o fechar-se
em segredo. Por medo, vergonha, insegurança.

Sob a ameaça constante da espada da culpa, na minha juventude aprendi
a me esquivar do assunto e das pessoas homossexuais. Quando a vida me
encurralava e me conduzia ao assunto, reagia com rispidez. Não gostava
de brincadeiras que me associassem aos estereótipos gays, não pela
orientação sexual em si, mas pelo risco de ser desmascarado em meus
desejos íntimos e ter meu segredo exposto.

Nesse clima de insegurança, cresci me escondendo de mim, me anulando a
partir da opinião dos outros. Adequando meus sonhos aos limites das
minhas mentiras, ofuscando fragilidades, alardeando virtudes e
administrando a dor surda de quem não diz tudo. Um amadurecimento
tenso, que privilegiava aparências. E se por um lado eu não queria ser
visto, por outro me exibia em talentos que compunham o personagem
hetero e não me colocavam em risco.

Estabeleci de tal forma distância do mundo gay que passei a ignorá-lo,
a desconhecê-lo. Só bem mais tarde, quando achava que estava seguro o
suficiente, decidi me olhar de perto, sair do escuro e partir ao
encontro de mim e fui conhecer o mundo gay: as boates, as pessoas, as
relações. Catava informações soltas no ar, ficava atento aos
comentários fortuitos, às piadas e ia construindo um mapa pessoal da
cena gay de Belo Horizonte na qual me aventurava em atrevidas
escapadas noturnas eventuais.

Cada visita era uma aventura. Ruas escuras, ambientes sinistros e o
medo de um flagrante, de encontrar alguém conhecido ou, pior, quem me
reconhecesse. Nesse sentido, as filas nas calçadas, diante das boates
ou festas gays, eram vitrines de dissimulados se arriscando à
revelação pública e suas consequências. Lá dentro, entretanto, tudo se
perdia em olhares, sedução e testosterona.

Medo. Viver minha homossexualidade significava desafiar o medo.
Significava conhecer um mundo novo, se apropriar de outros códigos,
redefinir o meu personagem e aproveitar a chance de começar de novo,
de viver uma adolescência tardia, de ser senhor de minhas próprias
censuras e me libertar finalmente da tutela das opiniões alheias.

Camisinha sempre!
Oswaldo Braga
18/09/2010


quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Reunião GEL - 25/09/2010 - 18:00hs

Pauta:

*Resoluções da pasta de comunicação e cultura para desenvolvimento do jornal para Semana UFJF (Educação sem Homofobia)

* Demais discuções e divisões de tarefas para demais pastas

25/09/2010 - Sabado 18:00 hs.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Somos todos iguais!

Este é um caminho devastador e perigoso, foram estas as palavras! Para entende-las mais profundamente recorro ao dicionário, para ter real noção do quanto elas me assombraram, ou para traduzir o que elas dizem e assim verificar se é de fato verdade.
Não é um caminho fácil, disso não me defendo, muitas vezes solitário, noutras cercado de espinhos, incompreendido pela maioria, de difícil aceitação entre os queridos, e assustador a quem o destino lhe faz seguir. Porem é algo não escolhido, não optado, tão pouco sonhado por quem o vivi, é doloroso muitas vezes ver olhos tortos, envergonhados diante de uma condição imposta pela vida.
Com toda a verdade dentro de mim defendo-me dizendo que ninguém escolhe ser pobre, feio, burro, rejeitado, ninguém esta disposto a estar por “baixo” seja lá qual for a situação, difícil para qualquer ser humano ter que abaixar “a crista” diante de uma maioria gritando e te apontando como um erro. Por mais que nos outros caminhos você se posicione com dignidade, honestidade e compaixão, sempre terá alguém para apontar o que muitos chamam de “defeito”.
Este é um caminho devastador e perigoso, foram estas as palavras!
De fato não é o caminho mais belo, comparado à grinalda no altar.
Deus! Talvez seja por essa condição que lhe peço perdão há quase toda hora, muitas vezes me julgando indigna do teu amor, da tua misericórdia e dos teus olhos voltados a mim. Ninguém sabe quantas vezes já me perguntei: será que esse coração errante é devido a esta escolha da qual eu não tive chance de escolher? Será que este amor que procuro é mais um de meus sonhos, talvez a maior de todas as minhas utopias, pois por ser um amor entre iguais, talvez o maior dos pecados, como muitos julgam.
Jamais lutei contra minha essência, a não ser nas vezes que tentei ser diferente, nunca quis ser outro ser, mas que culpa tenho eu se meu desejo de amar se realiza entre iguais, entre formas equivalentes a minha.
Rodopio diante destes pensamentos, muitas vezes eles me acompanham nas madrugadas afora onde não festejo, mas na cama não consigo dormir.
Dura escolha não sendo minha. Duro caminho, mas sendo este o único pelo qual me imagino feliz, mesmo que para tantos outros, queridos, seja motivo de preocupação, vergonha e porque não dizer asco.
Perdi as contas de quantas pessoas já perdi por nua diante delas confessar essa minha condição, dói perder pessoas bem quistas por falta de tamanha incompreensão, dói ser rejeitada, dói não contar com uma conversa amiga ou com colo de mãe quando tudo acaba.
É um caminho devastador e perigoso! Foram estas as palavras!
Devastador é o mesmo que ruína! Portanto é mentira, pois o que mais quero é construir, não prédios, ou grandes fortunas, impérios, mas sim uma vida feliz, com tudo o que os ditos “normais”, ou quem até melhor que eles constroem, quero ter como base não o poder ou o dinheiro, mas o respeito, a esperança e o amor acima de tudo.
Perigoso é o mesmo que prejudicial! Outra inverdade, pois se já fiz mal, foi com o coração destituído dessa intenção, afinal “quem nunca pecou que atire a primeira pedra”, prejudicial é este mundo doente, essas mentes pequenas, que sem vida, só pensam em matar, roubar, destruir, enquanto penso em simplesmente viver, sorrir e ser feliz da forma que der, da forma que assim Deus quiser que aconteça.
É um caminho! Essas sim são as verdadeiras palavras, e como alguns dos caminhos da vida, que tomam rumos próprios, como se preciso fosse acontecer, não digo ser um fado, mas sim um aprendizado, não só para aqueles que os protagonizam, como também aos demais que se esquecem, que perante Deus, como Ele mesmo afirmou: “somos todos iguais!”
D.S.L

por Elaine de Jesus


"I Semana da Diversidade Sexual" - ICH - UFJF(Educação sem homofobia)/MGMGEL/GAG

Preparem-se!!! Já, já toda a programação!!!
Realizada pelos alunos de Psicologia do Projeto Educação sem Homofobia da UFJF, MGM/GEL e GAG

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

REUNIÃO GEL 18/09/2010 - 15:00 HS

Próxima reunião do GEL

Sábado dia 18/09/2010- MGM ( São Sebastião 345)
15:00 hs
 Reunião da pasta de comunicação:
Pauta:
- Jornal GEL/GAG ( grupo de adolescentes gays do MGM)

17:00 hs

PAUTAS:

- Informes
- Organização da Semana LGBT 2010

-18 hs:
Exibição comentada por Lilian Werneck do curta metragem " O móbile, a admiração" .

Para amar uma mulher

Feche os olhos…
Perca-se dentro de você primeiramente…
Busque o melhor que pode sentir, sinta seu corpo, todo o sangue correndo nas veias como uma correnteza.
Sinta medo, pavor, rubor…
Sinta paixão, excitação, loucura, vida, morte, resuma tudo em um momento e transforme todas essas sensações em amor.
Comece a tocá-la, como uma pianista dedilhando uma composição sem partitura, sem rumo certo.
Tenha medo…
Olhos permanentemente fechados, sinta seu corpo pedir algo que esta a sua frente, como uma naufraga que sonha em tocar novamente a terra.
Toque-a, sinta, percorra, viaje não apenas num corpo, desligue-se da matéria, se perca e perca o medo. Deixe que seu coração se ilumine e lhe guie.
Toque seu corpo não apenas com as mãos que neste momento com certeza estarão tremulas, suadas e pálidas de tanta vontade, de tamanho desejo, imagine que suas mãos já não são mãos, que seu corpo já não é mais corpo, liberte-se da matéria.
Posicione-se diante dela como uma rainha diante de sua rainha, reverenciando-a, posicione-se com a mesma doçura de quem dança a valsa do primeiro amor.
Permita que seus ouvidos escutem a musica que ela ira compor a cada gemido, a cada espasmo, a cada grito.
Não deixe que suas mãos desfaleçam do corpo dela, percorra seu pescoço, não atentando apenas para a carne, persiga sua jugular com a sua boca.
Embreague-se no cheiro de seus cabelos ainda com a boca perseguindo toda a vida que pulsa em sua veia.
Olhos fechados, mãos que a seguram cada vez mais firme, cada vez mais forte, sem machucá-la, tenha o mesmo cuidado que uma jardineira a cuidar de sua rosa favorita.
Beije-a, beije-a, beije-a com paixão, com ardor, com amor, percorra sua língua pelo céu aberto de sua boca, como quem degusta uma pedra de gelo em uma tarde de verão, engula todo o sabor que a boca dela oferecer.
Despeça-se de seus lábios, sinta novamente o cheiro de seus cabelos, viria e beije sua nuca, massageie suas costa com maciez de sua língua, viria novamente, ela neste momento já estará percorrendo o caminho onde se entregara totalmente a você.
Tome seus seios de assalto, beije-os, lambe-os, lambuze-os, deleite-se e deixe que seus ouvidos ouçam a melodia que ela estará entoando com ainda mais paixão e vida.
Deslize suas mãos pelo seu corpo como se estas fossem capazes de fazer desaparecer cada cicatriz que já fizeram naquele mesmo corpo, tantas vezes tomado sem amor, sem sentimento, apenas pela carne, pelo desejo, pela paixão efêmera, ou ainda por vaidade.
Peça permissão com o olhar para que ela se abra, toque-a neste momento de entrega, sinta cada pedaço que ela esconde, sinta sua parte pulsando, úmida, prestes a banhar-te tamanho o desejo de ser sua.
Feche os olhos novamente, continue a toca-la, repouse sua boca em seu beijo, percorra ainda mais lentamente o seu corpo, beijando-a como se dissesse a ela o quanto a ama, e como este amor embeleza todo o seu mundo.
Abra os olhos, diga dentro de sua alma o quanto ela é linda, diga dentro de sua alma o tamanho de seu amor, diga dentro de seus olhos quão grande, mágico e encantador é estar ali diante dela.
Feche os olhos, não queira mais vê-la, deixe que sua alma fique livre com a cegueira dos olhos cerrados, encontre com a alma procurada, tão desejada, tão desejada.
Você já não sabe quem é, perdeu-se embriagado pelo néctar que sua rosa mais que linda, mais que bela, exalou.
Beije-a, beije-a, beije-a, entonteça, deixe seu corpo suado, cansado, quase morto completamente entregue, liberto de qualquer outro pensamento que não seja ela.
Liberte-se!
Beije seus pés, suas pernas, coxas, braços, boca, bochechas, pescoço, mãos, ventre.
Nua, toda sua, sinta-a livre neste momento, deixe que ela grite, e sussurre, e naufrague na claridade de tanto prazer, de tanto querer, de imenso amor.
Eis chegado o grande momento, o qual vai alem da união dos corpos, ultrapassa as barreiras do som, as regras de qualquer jogo, as normas de qualquer sociedade… Esqueça de tudo a seu redor, rasgue leis, quebre protocolos, despeça-se da confusão do dia a dia, pense apenas nela, desapareça com todas as outras historias, com a vida que ficou lá fora, com o mundo que parece parar, viaje para dentro dela.
Faça com que ela dance no bailar de seus quadris, e mesmo com a sensação de que seu corpo ira desfalecer em seus braços, deixe ela se abrir cada vez mais, sinta-a com ainda mais vontade; repouse a boca em seu beijo escasso de saliva, beije-a, molhe sua boca com o que lhe resta de vida, regue sua boca com esta sensação de desmaio, e de paz, de amor, de ardor, paixão, amor…
Ilumine-se com a junção de sua alma com a dela, de seu corpo com o dela, de sua paz com a dela, e de algo único: o amor que vive em vocês.
Saia de dentro dela em silencio, abra os olhos, olhe os dela naufragados de vida, beije-a, e deixe que ela sorria pra você, deixe que ela procure sua boca mais uma vez, beije-a, sorria para ela, a admire com os olhos mais doces,ingênuos, e encantados, como os de uma menina assustada que descobre o amor. Não sinta medo.
Cubra-a com o seu abraço, abra a janela, afaste a cortina, ou seja lá onde vocês estiverem, procure no céu o sentido que os levou ao amor.
Deite-a em seu colo, deixe que ela repouse, vele seu sono se assim achar necessário, ou se seus olhos não conseguirem deixa-la dormir por não se cansarem de olha-la.
E na manha, tarde, ou noite seguinte e pro resto da vida, faça amor com ela.
D.S.L
Obs: Toda mulher deve ser amada dessa forma!E doar o mesmo amor!

por Elaine de Jesus  

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

À QUEIMA DE CALCINHAS

Há décadas mulheres saíram às ruas e queimaram sutiãs em praças públicas por seus direitos, exigindo da sociedade o respeito e o fim do machismo. Este ainda existe, no entanto, houve inúmeras melhoras das mulheres na sociedade.




E hoje as mulheres ainda lutam. Ainda recebemos menos, trabalhamos mais e ainda somos tratadas como algo comestível. É verdade que ainda apanhamos em casa, morremos por homicídios passionais e carregamos nos ventre filhos de pais irresponsáveis. É verdade o machismo ainda reina e que ainda somos vítimas de um meio social que olha para nós como indignas da igualdade. Mas houve melhoras e a fumaça dos sutiãs queimados serviu como incenso aos deuses para acalmar seus rancores e maldições contra nossas almas e feminilidades.



A queima dos sutiãs já faz tempo e fez história. Isso foi lá no século XX, sendo algo quase centenário e distante de nós, habitantes desse século XXI aberto para nossas possibilidades. Tivemos vitórias em nossa história. Ganhamos o poder de desejar engravidar ou não, de divorciar, de alcançar profissões e nos espalharmos em tantos e inúmeros locais onde nenhuma saia era bem-vinda. O poder dos homens diminuiu pela novas formas que as famílias estão hoje se construindo. Houve mudanças; houve melhoras; e hoje podemos sorrir um pouco mais do que nossas avós.



Entretanto, não sofremos apenas por sermos mulheres. Ah, não! Somos um pouco mais do que isso. Somos mulheres que quebram a norma ao não desejarmos nos submeter sexualmente aos homens, pagando o alto preço da homofobia contra nossa lesbiandade. E nisso os deuses infernais não nos permite descansar, lançando sobre nós o fogo e enxofre de uma dupla perseguição que nos açoita e machuca-nos todos os dias: o machismo e a homofobia.



E quantas de nós não conseguem ir para frente em suas vidas, tendo até mesmo o fim delas pelos homicídios de ódio e os estupros para que aprendamos o bom gosto de um macho? Quantas de nós, frágeis socialmente, não conseguem romper as grades da cadeia que os carcereiros nos torturam com prazer? A quantas de nós é dada apenas a submissão como possibilidade, impedindo-nos de sentir o carinho verdadeiro de uma possibilidade de amor? Quantas de nós?



Até mesmo dentro do movimento pelos direitos da diversidade sexual, ficamos na escuridão dos cantos, não tendo força entre os rapazes e não tendo possibilidades de melhorar nossas vidas até mesmo nesse meio. Carregamos o fardo de amplos senhores que não cessam com seus acoites e chicotes. O machismo e a homofobia se materializam todos os dias em frente a nossa cadeia.



E com olhos assustados e na sensação de solidão nos colocamos. Nossas vozes parecem mudas por acreditarmos que ninguém percebe nenhum som. “Há apenas o mal”: pode alguma de nós pensar. Mas, se olharmos em volta, poderemos perceber que há outros olhos medrosos e sofridos de toda essa situação. Há outras mulheres a sua volta desejando o mesmo que você e eu. E juntas já somos três: uma trindade de mãos dadas e de mesmas histórias de preconceito. Só que não há apenas três; há outras tantas em nosso redor; com medo; tremendo talvez, mas com esperança.



Pela esperança podemos fazer-nos gigantes pela voz de multidão que podemos criar. As mulheres queimaram sutiãs contra o machismo e hoje precisamos ser mais profundas. Precisamos atear fogo em calcinhas contra a homofobia, lançando aos céus contra os homens e os deuses nossa força e fé. É uma meta de esperança. É uma meta de possibilidades.



Olhe em volta. Você não está só nessa vontade.



GRUPO DE ENCONTROS DAS LÉSBICAS DE JUIZ DE FORA

MOVIMENTO GAY DE MINAS - MGM

Fabiane Clara Portela

A imagem grita por si: RESPEITO!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

http://twitter.com/mgmgel

Sigam-nos os bons!

Reunião 10/09/2010 - 19:00 - Local: MGM

Pauta da reunião:

• Apresentação do Blog MGM GEL


1. Apresentação e encaminhamentos sobre a semana LGBT.

2. Marcar reunião com o grupo do PDI

• Atividades na UFJF (encaminhar)

• Atividades no MGM (definir)

• Jornal MGM – GAG

• Pautas

• Modelos


Venha participar, deixar sua opinião, ideia, vontade de mudar, enfim, contribuir com um pouco de você, nesta luta tão nossa!
End: MGM - Rua São Sebastião 345 - Tel: (32) 32187496

MGM/GEL no site Minas um Luxo

Reportagem do site Minas um Luxo, sobre a criação do MGM/GEL, confiram, simplesmente um luxo mesmo...


Link:
http://www.minasumluxo.com.br/site/?p=5344

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

"O Movimento"

Comentei com uma amiga á qual muito tenho respeito e consideração que estava fazendo parte do GEL, prontamente ela me perguntou o que era, e então me pareceu surpresa quando lhe disse que se tratava do Grupo de Encontros Lésbicos aqui de Juiz de Fora, deixando clara sua posição quanto a qualquer tipo de “movimento”, disse-me frases como: isso serve para “pessoas que querem aparecer”, eleitoreiros querendo  “angariar votos”, e a ainda gente que não se sentem parte de coisa alguma e por isso resolve fazer parte de qualquer coisa, muito bla, bla, bla, muito oba, oba; resumindo ela me disse para sair fora, pois sacudir bandeira não leva a lugar algum.
Concordo com ela em tudo, pois foram muitas as vezes que vi grupos assim começarem e não vingarem após o começo. Muitas idéias, muita gente bonita, muita garra, muita esperança, muitas palavras, e palavras, e mais palavras, e por serem tantas as palavras elas morreram em um papel triste e amarelado pelo tempo, pois palavras que não são vividas morrem com todos os sonhos que elas representam.
Mesmo um tanto cabreira e porque não dizer desmotivada por tão grandes palavras generalistas de minha amiga, fui ao primeiro encontro desse grupo, e como quem comemora um gol do time de seu pais em copa do mundo, deixei a reunião acreditando em palavras de mudança, esperança, direitos, deveres, força, respeito, dignidade, diversidade e cidadania.
Mudança, vem de movimento, não mudaremos o mundo, mas percebi que o principal objetivo desse grupo é angariar pessoas para que elas não se percam por darem ouvidos a uma sociedade que teima em nos dizer que somos diferentes. Não, definitivamente não somos nada diferentes, trabalhamos, estudamos, ficamos tristes, felizes, somos traídos por quem amamos, somos pessoas em nada especiais por amar alguém do mesmo sexo, não queremos ser diferentes, não precisávamos ter que nos reunir para discutir coisas tão obvias, mas não temos mais escolhas para podermos ser libertamente felizes.
Esperança de que iremos conseguir.
Direitos, de qualquer cidadão comum, que paga impostos e conseqüentemente contribui para a mesma sociedade que não se assume preconceituosa por querer parecer menos feia, enquanto nós nus assumimos por nos reconhecermos como pessoas bonitas.
Dever, de lutar, de se fazer respeitar, tendo como principio o respeito a si próprio.
Força, para gritar mais alto do que o pensamento daqueles que não acreditam, e que com falta de razão se vêem no direito de desmotivar a quem tem fé.
Respeito, e nem mais uma palavra.
Dignidade, o mesmo que dizer: não se sinta menos, não abaixe a cabeça. Siga, mesmo que o caminho que se acredita ser o melhor e o mais feliz, seja também o mais difícil.
Diversidade, não seremos somente o GEL, pois somos semente, filhas de algo bem maior o qual muito nos orgulhamos, somos crias do MGM, e queremos voz também para todas as outras letras da sigla a qual fazemos parte, e que aguardam por vozes que as queiram defender.
Cidadania, não combina com homofobia, não rima com violência, não caminha com falta de respeito, cidadania nos remete unicamente a acreditar que podemos sim agregar voz ao grito da humanidade por paz, amor, e fundamentalmente respeito ao outro, seja esse outro quem for.
Esse é o movimento, portanto lhes apresento com orgulho o nosso MGM/GEL.
Sejam todos bem vindos.
D.S.L

por Elaine de Jesus